sábado, 18 de dezembro de 2010

Criançada do Denver, Hora da Aula!

Já viu como se comporta uma sala de aula de 3ª série do Fundamental?
Desorganização total!
Tem aqueles que querem mostrar que fez a melhor tarefa-de-casa, há também os descarados orgulhosos de não fazerem nada. Mas o mais determinante nas personalidades infantis é a (por falta de palavra melhor) MARÉ.
Digo maré porque seguem o movimento; se a maioria ri, os outros riem. Se alguns choram, o resto se derrama em lágrimas.
Veja como o Denver se parece:
Quando cai aquela bola importante, acontece aquele lance de habilidade, o Denver é uma máquina. A movimentação flue naturalmente, as bolas de três aparecem, o banco surpreende. Mas basta errar um arremesso, uma bolazinha pra tudo desandar. Ironia pra um time que tem Vince Carter e J.R Smith, que não perdem uma chance de errar uma arremesso bobo.
Pra sorte deles, Carmelo Anthony desembestou a marcar pontos, superando a média da temporada passada, que já era absurda; e além
disso, Nenê está de volta. Veremos até quando as lesões o permitirão
seguir, mas suas atuações tem sido relevantes. Com média de 15,4 pontos e 7 rebotes, AGORA, é um pivô que impõe respeito.
O mais preocupante é que diferente de uma classe escolar infantil, o Denver não tem um líder de respeito. Serei apedrejado mas não acho que George Karl tenha capacidade pra fazer desse time uma equipe campeã. É extremamente complicado lidar com a personalidade de alguns e eu jamais irei entender como o Denver de uns anos pra cá esqueceu que um dia, talvez, precisará aprender a defender.
Admiro a forma como Karl implantou um ataque que agride tanto, que faz muito ponto o tempo todo mas repudio um esquema que permita levar tantos pontos.
O jogo contra o Spurs foi a melhor ilustração dessa dissiparidade: o San Antonio errou muitos Field Goals, mas mesmo assim se manteve sempre próximo no placar, e no 4º quarto a defesa fez diferença. George Hill marcou Lawson, Jefferson em cima do JR Smith e McDyess de olho no Kenyon Martin, fazendo com que a bola ficasse no Carmelo, que até acertou o arremesso, mas afobado com o tempo (4,2 seg) não fugiu da cavada (offensive foul) do Ginobili e perderam o jogo.
Enquanto o Denver não se dedicar a ler a apostila e aprender a defender terá que se contentar em viver à incômoda sombra de Spurs, Lakers e Dallas. Isso se não piorar ao ponto de ver o Thunder (cheio de "garotos adultos") os ultrapassarem.
Na conferência isso já está acontecendo.
Denver, é hora de estudar!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A emoção de ver a história acontecer...

Já reparou como é bom participar de algo que você tem a certeza que será um sucesso? Que no futuro muitos lembrarão daquele dia como o melhor dia de suas vidas?
É essa a sensação que se tem ao ver a NBA e a NFL recentemente.
Para melhor ilustrar, posso lembrar dois incríveis recordes que foram quebrados essa semana. Brett Favre, o lendário quarterback do Minessota Vikings e New York Giants, quebrou o recorde de partidas consecutivas. Tom Brady quebrou o (próprio) recorde de jardas lançadas para touchdowns, isso em cima dos Jets, numa vitória esmagadora de 45 - 3 e depois de terem perdido no início da temporada regular.
Na NBA, Jason Kidd está próximo de se tornar o 8º jogador com maior número de assistências da história; Larry Brown só precisa de oito vitórias para igualar Pet Riley, Don Nelson e Lenny Wilkins com 1000 vitórias.
Confesso que existe a possibilidade de ser apenas algo temporário, uma sorte de dar tudo certo por um tempo; mas o nível de organização que as ligas (NBA e NFL) alcançaram me faz acreditar que é um progresso consolidado. Muito tempo foi gasto pra que todos os personagens - administradores, jogadores, torcedores - assimilassem um "proceder" coerente para fazer dos jogos, espetáculos. Sem clichês manjados, espetáculos mesmo!
Hoje o que se vê são eventos onde o jogador tem total liberdade para jogar, o jornalista para noticiar, e, sumariamente, o torcedor para torcer. Com conforto, segurança, tranquilidade.
Enquanto isso, vários esportes viram sua crebilidade ser abalada, como o futebol (corrupção de membros pela Copa do Mundo 2010), o vôlei (a descarada entregada do Brasil para a Bulgária no mundial para fugir de Cuba no mata-mata), tênis (Federer e corrupção em sistema de apostas),  golfe (Tiger Woods admite ter traído sua esposa incontáveis vezes).
O que vemos de mais interessante nessa situação é que a NBA e a NFL vão nadando contra a correnteza de declínio de esportes mais tradicionais pelo mundo e se juntando ao grupo daqueles que vem ganhando fãs, como a Fórmula 1, o Hóckey, o Atletismo. Isso é muito bom. Tem gente o suficiente pra admirar toda a magia que o esporte tem, seja agora, seja no futuro. Quanto mais públicos, mais investimento virá e a tendência é a perfeição.
Eu espero, e até acredito que acontecerá, que o Brasil tenha o tino de pegar carona nesse crescimento, porque os EUA já estão nessa há muitos anos e hoje colhem os frutos de muito empenho.